O workshop de harmonização foi ministrado pela empresa Rio do Engenho que é uma cachaça de alambique, de origem baiana, produzida em Ilhéus, no sul da Bahia
Alissandro Lima
O segundo dia de programação do Festival Origens 2018 continuou, na tarde desta sexta-feira (19), em Governador Mangabeira, com uma visita à fábrica Monte Pascoal e com um workshop de harmonização da cachaça com o charuto, promovido pela parceira do evento Rio do Engenho. Na ocasião, os participantes conheceram o processo de fabricação, do plantio até o charuto, além de receberem dicas de Maurício Maia, um dos maiores especialistas de cachaça do Brasil.
Durante a visita, o dono da fábrica, Lourenço Orsi, lançou o Charuto Monte Pascoal Dinamite, 100% Mata Fina e coberto com Mata Ouro, e comentou a importância do festival para a cadeia produtiva do tabaco. “É um evento de extrema importância para o mercado e para mostrar para o Brasil a questão cultural do charuto na Bahia. O festival vem crescendo, já está na sua segunda edição, e eu tenho certeza que será um dos principais festivais do setor”, afirmou.
Para a mineira Daniela Barros, apreciadora de charutos há anos, o festival é importante para promover os charutos da Bahia e as visitas às fábricas para mostrar a qualidade do charuto nacional. “Eu, como brasileira, fiquei muito orgulhosa de ver um festival nos moldes que encontramos no exterior, que valoriza e divulga o produto nacional”, comentou.
No workshop, Maurício Maia, apresentou vários tipos da cachaça, as suas propriedades, seus efeitos junto ao charuto e como harmonizá-los. Segundo ele, “não existe uma regra para harmonizar a cachaça com o charuto. A harmonização é pessoal e vai depender do gosto de cada pessoa, mas o ideal é que se busque uma cachaça com características que valorize o charuto ou os dois”, pontuou.
Na foto: participante degustando charuto e cachaça durante workshop de harmonização
O paulista Alan Nader, dono do blog “O Homem do Charuto”, conhece charutos há 21 anos e elogiou que o workshop muito produtivo. “Sempre costumo combinar o charuto com destilados e essa experiência de combinar a cachaça do Rio do Engenho com um charuto baiano foi muito bom”, disse. Alan também destacou a sua percepção sobre a produção de charutos no Recôncavo da Bahia. “Aqui existe uma dedicação e uma paixão no plantio do tabaco até a finalização do charuto, uma coisa que encontramos em poucos lugares do mundo”, finalizou.
O festival é uma realização do Sindicato da Indústria do Tabaco do Estado da Bahia (Sinditabaco) em parceria com a Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), Prefeitura Municipal de Cachoeira, Prefeitura Municipal de São Félix, Café Latitude 13º, Fazenda Sagarana – Chocolate de Origem e Cachaça Rio do Engenho.
Fotos: Luan Dias.