O evento, que promove produtos de origem baiana, seguirá até sábado (20) com visitas às fabricas e fazendas produtoras de tabaco, workshops de harmonização, além de manifestações culturais
Alissandro Lima
A programação do segundo dia do Festival Origens 2018 começou, na manhã desta sexta-feira (19), na cidade de São Gonçalo dos Campos, com a visita à fábrica Menendez Amerino e com o workshop de harmonização de charuto com café. O workshop foi realizado Latitude 13° Cafés Especiais, que tem produção na região da Chapada Diamantina, na Bahia, e é uma das parceiras do evento . Os participantes puderam conhecer de perto a produção dos charutos, que é um trabalho artesanal, realizado majoritária por mulheres, além de ouvir dicas do proprietário da Latitude 13°, Lucca Allegro.
Para Viviane Silvestre, proprietária de uma tabacaria, há mais de 20 anos, em Vitória, do Espírito Santo, o charuto baiano é altamente competitivo. “O charuto da Bahia não fica devendo nada à ninguém. Ontem (18), na abertura do Festival, a Ana Cláudia, presidente do Sinditabaco, falou que os charutos da Bahia são os melhores do mundo e eu concordo plenamente com ela. Cuba é a percussora, mas os nossos charutos alcançaram uma qualidade inquestionável. Todo cliente que entra na minha loja pedindo um charuto cubano, eu já falo que o nacional é bom também e quem experimenta se apaixona”, pontuou.
Em relação à harmonização do café com o charuto, Lucca deu algumas dicas para melhor mistura dos sabores. “O café, um dos 4 C da Bahia (cachaça, café, charuto e chocolate), se harmoniza bem com o charuto quando um sabor não sobrepõe o outro. Desta forma, é preciso escolher o café conforme a intensidade do charuto”, disse. “O segredo é escolher grãos arábicos, que é um tipo de café nobre, e com a torra média”, indicou.

Na foto: workshop de charuto com café, ministrado pela Latitude 13° Cafés Especiais
O paulista Guilherme Sant’Anna contou que a harmonização com o café o surpreendeu. “Nunca tinha experimentado café com charuto e ficou muito melhor do que a combinação com o Whisky, que estou acostumado. Inclusive, estou levando três tipos de café para lembrar dessa experiência incrível que o festival me proporcionou”, comemorou. Guilherme também pontuou a satisfação em ter conhecido a produção do charuto do Recôncavo da Bahia. “Confesso que eu não conhecia os charutos da Bahia e estou impressionado com a qualidade. Para mim, é melhor ou igual aos cubanos”, finalizou.
O festival é uma realização do Sindicato da Indústria do Tabaco do Estado da Bahia (Sinditabaco) em parceria com a Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), Prefeitura Municipal de Cachoeira, Prefeitura Municipal de São Félix, Café Latitude 13º, Fazenda Sagarana – Chocolate de Origem e Cachaça Rio do Engenho.
Fotos: Luan Dias