O evento que acontecerá entre os dias 30 de novembro e 2 de dezembro conta com a parceria da Chor Chocolates, que oferecerá um workshop de harmonização entre chocolates e charutos
Gabriela Nascimento
Foi na histórica cidade de Ilhéus, terra dos personagens de Jorge Amado, que também surgiu a Chor Chocolates, em 2013. A marca foi criada pelo casal de publicitários Marco e Luana Lessa, que tinha o desejo de oferecer um produto de origem. A Chor produz chocolates com alto teor de amêndoas de cacau especial, com diversidade de combinações, todos sem glúten, sem adição de conservantes químicos e aromatizantes, além de conter linhas com até 88% de concentração de cacau.
Caio Alves é executivo de negócios da Chor Chocolates e explica que a empresa vê o festival como um evento de oportunidade. “A Bahia, em particular, é muito rica em produtos de origem, mas muitas vezes não vemos com frequência no mercado local. Esse evento vai ser fundamental para colocar em evidência esses produtos e a Chor se enquadra exatamente nesse formato. É um momento para novas parcerias também”, comemora.
Caio acrescenta que os 4 C da Bahia: cachaça, café, charuto e chocolate são produtos que se complementam. “Estamos preparando o workshop de harmonização para o festival, em que serão apresentadas as melhores combinações entre charuto e chocolate. Podemos equilibrar, por exemplo, um charuto mais leve com um chocolate suave. Ou um charuto mais forte, com um chocolate que seja bem intenso também”, esclarece.
Produtos de origem
O nome Chor é resultado da união do termo “chocolate de origem”. Para ser um produto de origem, é preciso que sua procedência e local tenham reconhecimento pela história, cultura, aspectos de clima e solo ou pela forma específica de produção. Esse reconhecimento é concedido pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), que após diversas comprovações, disponibiliza um selo que certifica a qualidade do produto em todo o mundo. Assim como o charuto baiano, o cacau do sul da Bahia já produziu o documentou de pedido do selo para o INPI e está aguardando a aprovação do instituto.
Caio explica que pela legislação brasileira, um chocolate deve ter ao menos 25% de cacau em sua composição. “Essa concentração é pequena e a maioria das marcas industrializadas misturam o cacau com diversos aditivos, o que provoca um sabor muito adocicado, distante do real sabor do cacau. A Chor defende a produção de chocolate de verdade, voltadas para quem busca qualidade no produto”, ressalta.
O executivo da empresa diz também que quanto mais cacau tiver no chocolate, mais benefícios ele trará para a saúde. “O cacau é um alimento muito completo e rico em flavonoides e antioxidantes, que contribuem para o combate do envelhecimento precoce. Tentamos agregar esses benefícios ao nosso produto, para que o consumidor possa comer sem culpa”, brinca.
Sediada em um local rico em produção de chocolate, a marca aposta em linhas diferenciadas, com variedades de ingredientes como damasco, nibs de cacau, banana e café, além de trufas que levam caipirinha de limão e whisky. A Chor oferece também uma linha infantil, que tem menor concentração de cacau para agradar o paladar das crianças, acompanha ingredientes como confetes e são vendidas em embalagens mais atrativas para este público.
Os chocolates da empresa são produzidos com o cacau cultivado na região do sul da Bahia. A Chor tem lojas físicas em Ilhéus e também comercializa para vários estados do país como Rio Grande do Sul, Minas Gerais e São Paulo. Com participações em feiras internacionais, a empresa ainda não exporta, mas está em fase de estudo do mercado internacional.
O festival é uma realização do Sinditabaco em parceria com a Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), Confederação Nacional da Indústria (CNI), Sebrae, Prefeitura Municipal de Cachoeira, Prefeitura Municipal de São Félix, Café Latitude 13º, Chor Chocolate e Cachaça Rio do Engenho.
Foto: Divulgação