A produção dos charutos do Recôncavo da Bahia é artesanal, realizado majoritariamente por mulheres que utilizam a habilidade das mãos na produção de charutos conhecidos em todo mundo
Alissandro Lima
O Festival Origens 2018 promoveu um jantar em homenagem as charuteiras, na noite desta sexta-feira (19), na Fazenda Casa do Morro, no município de São Félix. Na ocasião, Ana Lúcia, a charuteira mais antiga em atividade no Recôncavo, atuante há 26 anos, foi homenageada em nome das charuteiras de toda Bahia. A honraria foi entregue pelo diretor executivo da Sinditabaco, Marcos Souza; pelo dono da fábrica Monte Pascoal, Lourenço Orsi; e pelo diretor da Emporium Cigar, Fernando Teixeira.
Em discurso, Ana Lúcia falou do seu amor pelo ofício, contou um pouco da sua história e agradeceu pelo reconhecimento. “Eu amo fazer charutos. Comecei fazendo curso aos 17 anos e logo fui contratada. Durante esse tempo já passei pelas principais empresas da região e estou há 11 anos na Monte Pascoal. Estou muito feliz em estar recebendo essa homenagem pelas charuteiras, mulheres fortes, guerreiras e trabalhadoras. Agradeço a todos em nome das charuteiras”, disse emocionada.
Para Marcos Souza, as charuteiras são fundamentais para a produção de charutos de qualidade. “Muitas das mulheres que trabalham torcendo os charutos, estão nessa atividade há gerações e são responsáveis por levar o sustento de suas famílias. Os melhores charutos que nós apreciamos passam pelas mãos habilidosas dessas mulheres, que contribuem para o fortalecimento da cadeia produtiva do tabaco, e Ana Lúcia é uma delas”, ressaltou.
O festival é uma realização do Sindicato da Indústria do Tabaco do Estado da Bahia (Sinditabaco) em parceria com a Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), Prefeitura Municipal de Cachoeira, Prefeitura Municipal de São Félix, Café Latitude 13º, Fazenda Sagarana – Chocolate de Origem e Cachaça Rio do Engenho.
Fotos: Luan Dias