Visita às fábricas, workshops de harmonização com o charuto, homenagens e apresentações culturais marcam a segunda edição do Festival Origens
Alissandro Lima
O Festival Origens 2018 reuniu, nas cidades de Cachoeira e São Félix, mais de 100 apreciadores de charutos de diversos estados do Brasil. Durante três dias de programação, de 18 a 20 de outubro, os participantes conheceram de perto a cadeia produtiva do tabaco na região, os 4 C da Bahia: cachaça; café; charuto e chocolate, e participaram de workshops de harmonização.
Idealizado pelo Sindicato da Indústria do Tabaco do Estado da Bahia (Sinditabaco), o festival busca divulgar para o Brasil a cadeia produtiva do tabaco do Recôncavo da Bahia e valorizar os produtos de origem baiana que proporcionam harmonização com o charuto, bem como, o fortalecimento da cultura e da economia local. Para se chegar a esses objetivos, o festival levou os apreciadores para conhecer as fábricas e fazendas da região, onde tiveram contato com todo processo de produção, da semente até o charuto pronto para o consumo, feitos de forma artesanal pelas mãos das charuteiras.
Outro destaque da programação foi a homenagem as charuteiras, na Fazenda Casa do Morro, no município de São Félix. Na ocasião, Ana Lúcia, a charuteira mais antiga em atividade no Recôncavo, atuante há 26 anos, foi homenageada em nome das charuteiras de toda Bahia. Assim como, a homenagem ao Arturo Toraño, um dos fundadores e diretor da fábrica de Menendez Amerino, por ser o mais antigo Master Blend de Charutos do Brasil, ou seja, responsável pela seleção e composição das folhas utilizadas em cada linha de charuto.
O carioca Isaac Almeida, apreciador e dono da tabacaria Africana, localizada no Rio de Janeiro, avaliou o festival como uma experiência incrível. “O evento reúne charuto, cultura e conhecimento, uma composição que gera uma experiência incrível e muito enriquecedora. Quero parabenizar o Sinditabaco pela realização e os empresários envolvidos que nos acolheram muito bem. Só tenho elogios para esse festival” declarou.
Marcos Souza, diretor executivo do Sinditabaco e um dos organizadores do festival, comemorou mais uma edição do evento e destacou a importância de observar o que precisa ser melhorado. “Nós do sindicato e todas as empresas participantes, estamos muito satisfeitos com a segunda edição do Festival Origens. O evento está no início, crescendo, sendo ajustado e ganhando novos apreciadores. Sabemos que, como tudo que está começando, precisamos buscar sempre melhorar no ano seguinte. A nossa marca é surpreender e umas das novidades para o Festival Origens 2019 é um passeio náutico de Salvador até Cachoeira. Temos tudo para fazer um evento ainda melhor”, prometeu.
Os workshops de harmonização, realizados durante o evento, foram oferecidos por empresas representantes dos 4 C da Bahia, que mostraram as melhores formas de combinar os charutos baianos com a cachaça, o café e o chocolate. A harmonização com o café foi conduzida pela empresa Cafés Especiais Latitude 13º, que tem sua produção em fazendas da Chapada Diamantina. Já o workshop da cachaça foi realizada pela empresa Cachaça Rio do Engenho, que produz a bebida em alambiques e as cachaças em alambiques de cobre, em Ilhéus. A harmonização com o chocolate foi apresentada pela Fazenda Sagarana – Chocolate de Origem, que está situada no sul da Bahia, e fabrica chocolates com teor de cacau que chegam até 76%.
O festival é uma realização do Sindicato da Indústria do Tabaco do Estado da Bahia (Sinditabaco) em parceria com a Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), Prefeitura Municipal de Cachoeira, Prefeitura Municipal de São Félix, Café Latitude 13º, Fazenda Sagarana – Chocolate de Origem e Cachaça Rio do Engenho.
Foto: Luan Dias